Não tinha mais o que fazer. Minha vida ia de mal a pior. Contas, dívidas, obrigações. Mulher e dois filhos. Estava prestes a enlouquecer. Então, em uma covarde atitude, decidi me matar. Por que não acabar logo com tanto sofrimento? Já não aguentava mais. Fui até o prédio mais alto da cidade. Devia ter uns 15, 16 andares, por aí. Fui até o terraço. Subi no parapeito e fechei os olhos. Respirei fundo e quando ia relaxar meu corpo, senti uma mão tocar meu ombro. Olhei para trás. Era um jovem, não tinha mais que 25 anos. Ele disse que queria conversar. Seu nome era André. Ele me disse que passou diversas dificuldades na vida, assim como eu. Disse-me para não desistir, porque se eu tentasse dar fim ao meu desespero, estaria criando um outro maior pros meus filhos. Disse também que lutar é a melhor saída, e que quando queremos muito algo, devemos ir em busca do nosso ideal, sem pestanejar. Saí de lá outro homem. Por um lado me sentindo derrotado e fraco. Porém por outro, me senti forte e determinado a lutar. Perguntei a ele seu endereço, caso quisesse contar alguma novidade. Rua das Camélias, 25, ele me contou. Em uma semana, ganhei uma promoção no emprego. Me tornei sub-gerente da empresa, e passei a ganhar o dobro que ganhava. Meu filho mais velho conseguiu uma bolsa pra faculdade. Tudo dava tão certo. Me dava tanto remorso só de lembrar o que eu ia fazer. Então lembrei do André. Fui até o endereço e toquei a campainha. Uma senhora com um olhar um tanto triste me atendeu. Perguntei a ela se André morava ali. Ela me disse que sim. Perguntei se poderia falar com ele. Ela perguntou-me de onde o conhecia. Contei-lhe tudo o que aconteceu e disse-lhe que ele havia transformado minha vida. Ela com lágrimas nos olhos me disse que haviam 4 anos que André havia se jogado do prédio mais alto da cidade, pois havia se desesperado com contas.
Moral: Não se preocupe com as pedras em seu caminho, se sua meta for o topo da montanha.
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